terça-feira, setembro 26, 2006

O que é ser ciumento?

Shakespeare em seus livros coloca o ciúme como um sentimento tão sórdido e devastador que o chama de “O mostro dos olhos verdes”, quando Otelo (personagem principal de “Otelo, o Mouro de Veneza”) movido pelo sentimento doentio de seu amigo com sua companheira, acaba a matando. Segundo a bíblia, quando Caim mata Abel por ciúmes, e a partir dai esse sentimento se espalha e condena o homem a sofrer eternamente.
Mas esse sentimento não se restringe a somente na ficção. Muitos acreditam que o ciúme é uma forma de amar, e para outros é uma prova de insegurança. Mas o que fica claro é que esse sentimento se torna perigoso para quem é atingido por ele, quando fere alguém.
M.T.O., funcionário publico de 32 anos, conta que sofreu por causa do ciúme. No seu quinto ano de casamento, sua esposa troca de emprego e passa a chegar sempre tarde da noite. Por questões que ele não sabe explicar começou a desconfiar da mulher e chegou ao ponto de trancá-la dentro de casa para que não fosse trabalhar.
“Perdi completamente os sentidos, não tinha motivos reais para desconfiar dela, só que me sentia sozinho em casa e ficava imaginando coisas que não existiam, hoje faço tratamento, mas acabei a perdendo”, disse.

O que diferencia um ciumento do outro é a forma de dar vazão a essa angustia. Normalmente o ciumento quer ter o controle total sobre o companheiro, quanto mais ele consegue mais ele quer. Vive a base de suspeita, sempre procura por provas e convicções e mesmo que as consiga nunca está satisfeito, porque sempre procura algo de que desconfiar. Fica descontrolado emocionalmente e o relacionamento fica tenso. Por causa desse sentimento pode gerar cenas constrangedoras, perdendo, assim, o parceiro.

Quando o ciúme é patológico, pode levar o ser ao delírio, pois as maiorias de seus pensamentos só existem em sua imaginação. Mesmo havendo um motivo real, pois sua mente está distorcida, fazendo-o ir além do que devia.

Quando o ciúme é real, ele se baseia em fatos reais. O ciumento doentio vive em busca de provas de infidelidade, ou quando simplesmente se cita alguém do passado é motivo para a paranóia. Essa forma distorcida de viver o amor faz com que a pessoa experimente várias emoções, que convivem com o ciúme, como a ansiedade, raiva, vergonha, insegurança, humilhação, culpa e a depressão.

CIÚMES: AMOR OU DOENÇA?


O ciúme é um sentimento que tem a idade do homem. Sócrates o definiu como "a dor da alma". Em francês a palavra "jalousie" significa ciúme e dela derivou o termo "gelosia" que por muito tempo se usou para denominar janela. Conta a lenda que maridos ciumentos teriam trazido a persiana ou a veneziana para as casas para evitar que as mulheres pudessem ser vistas da rua, mas sem impedi-las de ver o que se passava lá fora.

O ciúme é uma emoção normal, que faz parte do repertório de todos os seres humanos e tem a função adaptativa de deixar alerta para a possibilidade de perda da exclusividade e da afeição do parceiro. O ciúme também é uma emoção valorizada no amor, por mostrar ao outro a sua importância.

Mas se para alguns o ciúme é visto como uma espécie de zelo, um sinal de amor, para outros é prova de insegurança e auto-estima rebaixada. Esse sentimento se torna perigoso para quem é alvo dele quando essa "dor da alma" se transforma em patologia.
www.gazetaonline.com.br
O ciumento vive em eterno sofrimento, o que lhe causa estresse e descontrole emocional. Esse descontrole pode levá-lo a protagonizar cenas constrangedoras em público. Apesar do sentimento de culpa que carrega, seu pensamento obsessivo pode ocasionar a perda do parceiro. É um paradoxo, pois todo seu sofrimento se resume no medo de perder o outro.

Segundo o escritor e pensador Roland Barthes, o ciumento sofre quatro vezes, pois esse sentimento o exclui, o torna agressivo, o deixa louco e, por ser um sentimento comum, pode-se ainda observar sua complexidade. Isso acontece quando em uma rápida consulta ao dicionário, se conhece todas as suas nuances: dor, respeito, inveja, medo da perda, fraqueza, zelo e rivalidade.

A psicóloga e professora do curso de psicologia da UVV, Hildiceia Affonso, 36, afirma que a baixa auto-estima é uma das causas principais do ciúme intenso. Pessoas seguras de si costumam lidar bem com seus sentimentos de ciúmes, não se deixando levar por eles e até fazendo com que revertam em proveito do próprio relacionamento. Um fator importante em todos os casos de ciúmes demasiado é a prevalência da fantasia em detrimento da realidade.

Fazer psicoterapia é um caminho indicado. Hildiceia diz que quando a questão do ciúme está fora de controle e prejudica o relacionamento, ter uma ajuda especializada é importante. Existem dois caminhos para o tratamento: a psicoterapia individual e a terapia de casais.

“Quando o ciúme existe na relação, o melhor tratamento é a terapia em casal, pois vai ajudar a resolver os problemas a dois. Mas quando o ciúme é algo pessoal, um problema do indivíduo, é bom que ele cuide disso sozinho, o que, conseqüentemente, trará ao parceiro um resultado positivo”, disse a psicóloga.

Hildiceia ressalta que é um mito pensar que, quando terminar o tratamento, o casal estará bem novamente. A separação pode vir a acontecer, pois muitos percebem que não há o encontro necessário com o outro, e que aquele relacionamento não está lhe fazendo bem.

"Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as suspeitas pareçam verdades". (Cervantes)

segunda-feira, setembro 25, 2006

como não consegui fazer uma materia sobre crime e ciume eu fiz uma analize, ve se vcs gostam beijos, e já enviei ao professor

terça-feira, setembro 19, 2006

CIÚMES: AMOR OU DOENÇA?


O ciúme é um sentimento que tem a idade do homem. Sócrates o definiu como "a dor da alma". Em francês a palavra "jalousie" significa ciúme e dela derivou o termo "gelosia" que por muito tempo se usou para denominar janela. Conta a lenda que maridos ciumentos teriam trazido a persiana ou a veneziana para as casas para evitar que as mulheres pudessem ser vistas da rua, mas sem impedi-las de ver o que se passava lá fora.

O ciúme é uma emoção normal, que faz parte do repertório de todos os seres humanos e tem a função adaptativa de deixar alerta para a possibilidade de perda da exclusividade e da afeição do parceiro. O ciúme também é uma emoção valorizada no amor, por mostrar ao outro a sua importância.

Mas se para alguns o ciúme é visto como uma espécie de zelo, um sinal de amor, para outros é prova de insegurança e auto-estima rebaixada. Esse sentimento se torna perigoso para quem é alvo dele quando essa "dor da alma" se transforma em patologia.
www.gazetaonline.com.br
O ciumento vive em eterno sofrimento, o que lhe causa estresse e descontrole emocional. Esse descontrole pode levá-lo a protagonizar cenas constrangedoras em público. Apesar do sentimento de culpa que carrega, seu pensamento obsessivo pode ocasionar a perda do parceiro. É um paradoxo, pois todo seu sofrimento se resume no medo de perder o outro.

Segundo o escritor e pensador Roland Barthes, o ciumento sofre quatro vezes, pois esse sentimento o exclui, o torna agressivo, o deixa louco e, por ser um sentimento comum, pode-se ainda observar sua complexidade. Isso acontece quando em uma rápida consulta ao dicionário, se conhece todas as suas nuances: dor, respeito, inveja, medo da perda, fraqueza, zelo e rivalidade.

A baixa auto-estima é uma das causas importantes do ciúme intenso. Pessoas seguras de si costumam lidar bem com seus sentimentos de ciúmes, não se deixando levar por eles e até fazendo com que revertam em proveito do próprio relacionamento. Um fator importante em todos os casos de ciúmes demasiado é a prevalência da fantasia em detrimento da realidade.

Fazer psicoterapia é um caminho indicado. Quando a questão do ciúme está fora de controle e prejudica o relacionamento, ter uma ajuda especializada é importante. Existem dois caminhos para o tratamento: a psicoterapia individual e a terapia de casais.

Na psicoterapia serão trabalhadas questões como a insegurança, as fantasias, o controle, as crenças sobre si e sobre o relacionamento. Além disso, há técnicas específicas que o psicólogo usa com a pessoa ou com o casal, visando a melhorar o ciúme e o relacionamento em geral.

"Os ciumentos sempre olham para tudo com óculos de aumento, os quais engrandecem as coisas pequenas, agigantam os anões e fazem com que as suspeitas pareçam verdades". (Cervantes)
P.s.: A entrevista com a fonte virá em breve.

Cenas de Ciúmes

Do dia-a-dia para as telas de cinema ou das telas de cinema para o dia-a-dia cenas de ciúmes se espalham. Discutir quem veio primeiro, o ovo ou a galinha, não vem ao caso. O que importa é que independente do gênero, diretor, produtora ou nacionalidade, as salas de cinemas e as vídeo-locadoras estão infestadas de cenas de ciúmes.
Ciúmes de todos os tipos: pais e filhos, namorados, amantes, amigos... São cenas e cenas. No filme ‘Terapia do Amor’ por exemplo, Rafi (Uma Thruman), uma mulher de 37 anos, recém-divorciada, sofre com os ciúmes da mãe de Dave, um rapaz de 23 anos. É um ciúme sutil carregado de preconceitos. Preconceito com a diferença de idade e pela nora não ser judia, mas superados ao decorrer do filme.

Outro que sofre com cenas de ciúmes é Richard Gere em ‘Dança Comigo’. Richard é o advogado John Clark. John é perseguido pela mulher ao encontrar o tempero que faltava em sua vida na dança. Desconfiada do marido, Beverly (Susan Sarandon) coloca até detetive para investigar o caso.

Mas não é só filme gringo que tem esse tipo de cena. Em ‘Se Eu Fosse Você’, Cláudio (Tony Ramos) vive discutindo com a mulher Helena (Glória Pires), dentre outras coisas, pela secretária de Cláudio. Cibele (Danielle Winits) é a secretária que todo marmanjo pediu a Deus.

Em uma dessas discuções, Cláudio e Helena reclamam juntos: 'Se eu fosse você...'. E como uma boa comédia romântica, os dois acordam com os corpos trocados. Aproveitando a troca de corpos, Helena investe para descobrir se há alguma espécie de intimidade entre Cláudio e Cibele.

Ciúmes também podem acabar com uma amizade ou, pelo menos, abalar fortemente. Assim acontece em ‘Cidade Baixa’. Wagner Moura e Lázaro Ramos, ou melhor, Naldinho e Deco, se apaixonam por uma prostituta. Os amigos que são capazes de dar a vida de um pelo outro, quase fazem o inverso. Naldinho e Deco quase se matam de brigar pela amada, Karinna interpretada por Alice Braga.

A lista de filmes com cenas de ciúmes é grande: ‘Recém Casados’, ‘Como Perder um Homem em 10 Dias’, ‘Memórias de uma Gueixa’, ‘Hitch - Conselheiro Amoroso’, ‘Instinto Selvagem’, ‘Sal de Prata’ e por aí segue a lista com uma infinidade e variedade de ciúmes de fazer inveja a estudiosos.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Divisão

Ficou combinado que Vanessa irá fazer uma matéria sobre o ciúme e o crime. Aguardamos mocinha...

terça-feira, setembro 12, 2006

Artigo sobre Folclore

Artigo em A Gazeta

O Jornal A Gazeta publicou mais um artigo do Presidente da Comissão de Folclore, no dia 23 de agosto último, destacando a cultura popular. Segue abaixo o artigo publicado:

Folclore e Cultura Popular
Eliomar Carlos Mazoco

Quando um jornalista como Clovis Rossi da Folha de São Paulo, diz que o “folclórico Presidente do Congresso Nacional Severino Cavalcanti”, emprestando ao termo o sentido de atrasado, anacrônico, de algo que devemos repudiar, como explicamos para os nossos alunos,- me perguntou um professor -, que folclore é as nossas bandas de congos, nossas folias de reis, nossos conhecimentos sobre as plantas e ervas e mais um sem fim de coisas que devemos amar e nos orgulhar e que nos dão a identidade de brasileiros?
Lembro então que a palavra foi criada como uma nomenclatura científica, que determinava um campo de estudo que, como disse o seu criador o inglês Willian John Thoms: “poderia ser (...) designado com uma boa palavra anglo-saxônica, folk-lore, o saber do povo”.
O que permitia a compreensão do seu significado e daí a sua aceitação era o fato de os aristocráticos intelectuais do século XIX, terem descoberto que o povo tinha cultura. Como demonstra o Romantismo, movimento que mais do que literário era político, voltado à afirmação das identidades nacionais que se formavam na Europa.
Vêm desse processo histórico de formação do conceito de cultura popular, muitos dos significados atribuídos à palavra folclore e que na verdade são preconceitos, como sendo algo rural, antigo, próximo a natureza, ingênuo, fadado ao desaparecimento, puro, que deve ser mantido sem contaminação, entre outras idéias que chamamos de românticas.
Mas a grande carga do preconceito entre nós vem da teoria das raças, que durante todo o século XIX, justificou com ares de ciência, o domínio da Europa sobre o mundo, a partir da ideologia de superioridade da raça branca.
Esta teoria apontava o Brasil, como fadado à desgraça pela formação do seu povo, que juntava na preponderância de índios e negros o que de pior haveria na escala de evolução humana. Esse discurso propagado pelos donos do mundo, era assimilado por nossas elites e por nossos intelectuais e reproduzido como políticas públicas.
O povo era um problema, as questões sociais eram resolvidas com polícia, e tudo o mais que vinha dele, exceto sua força de trabalho, devia ser reprimida e repudiada, como de fato foram, por exemplos mais ilustres, mas não únicos, a capoeira, o samba, o congo, o folclore, a cultura popular.
Este discurso bisado por nossas elites se cristalizou como significado da palavra, mesmo entre os nossos intelectuais mais brilhantes e responsáveis. Levando inclusive muitos pesquisadores a repudiarem na, como se ela expressasse conscientemente esta ideologia racista e preconceituosa.
Não aderimos a essa posição, pois as palavras e seus significados são construções históricas e, principalmente, políticas. Abandonar o seu uso como ciência e deixa-la como sinônimo de corrupção e atraso, pode ser capitular politicamente frente a um discurso racista do século XIX.

ELIOMAR MAZOCO. Historiador, Presidente da Comissão Espírito-santense de Folclore.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Entrevista com especialista

Ei pessoal! Como foram de feriado? Pelo visto, o do Vitor foi meio tenso. ; /

Joana, uma notícia não tão boa... Falei com uma psicóloga, a Dr. Maria Cláudia, e ela topou ser entrevistada. Mas por conta de compromissos profissionais ela só poderá conceder a entrevista quarta-feira em diante. Então, acho melhor você ir escrevendo a matéria principal até onde der e postar aqui no blog amanhã. ok?

beijos a todos e até amanhã.

:)

Cabloco Bernardo – Herói Capixaba



Na madrugada do dia 7 de setembro de 1887, um simples pescador, José dos Santos Bernardo, mais conhecido como Caboclo Bernardo, sai de sua vida simples, para se tornar um grande herói, salvador de 128 pessoas, elevando a cidade de Linhares e a vila de Regência a raras localidades que possuem heróis.

Na noite em que o cruzador “Imperial Marinheiro”, choca-se contra o pontal sul da barra do Rio Doce, chovia muito. A embarcação começa a naufragar e a tripulação sem sucesso tenta salvar-se. Apenas um escaler, com dose tripulantes consegue chegar a praia.

Por causa dos gritos de socorro, o capitão-mor da barra (quem toma conta do farol) José da Rocha, foi acordado junto com os moradores mais próximos. Rapidamente carregaram para a praia um cabo espia e outras coisas para o resgate, mas durante horas nada conseguiram fazer.

O desespero só ia aumentando e pela manhã tentaram atirar flutuadores com cabos, que acabavam sendo devolvidos pelo mar. Então o Caboclo Bernardo resolve levar a nado, até o navio, o cabo preso aos dentes. Por quatro vezes foi devolvido pelo mar. Somente na quinta vez ele consegue chegar ao cruzador.

O cabo foi amarrado ao navio, onde se iniciou o processo de salvamento. Mas alguns tripulantes já cansados não conseguiram atravessar e alguns morreram. Para não haver mais mortes, o cabloco sugere que os cabos fossem amarrados a uma jangada, assim consegue salvar o restante.

O processo durou cerca de cinco horas, e Bernardo salvar 128 vidas, perdendo apenas quatro. Com isso se tornou herói nacional, recebendo uma medalha de primeira classe cunhada a ouro e uma carta de agradecimento das mãos da Princesa Isabel.

José dos Santos Bernardo, morreu assassinado aos 55 anos e ganhou um busto de bronze que fica exposto na Praça Principal de Regência. Além do Caboclo, são também heróis capixabas, Maria Ortiz, que se destacou no combate a invasão holandesa no estado e Elisario, herói da Insurreição de Queima

domingo, setembro 10, 2006

Feriadão com saldo negativo

Iaê pessoal, feriadão produtivo??? Espero que sim, pois o meu não foi lá muito bom. Muitas histórias, mas vou resumir. Aproveitamos o feriado para subir a serra e fazer umas matérias por lá, para a TV Rede UVV. Muita beleza, aventura, paisagens maravilhosas, histórias engraçadas... outras nem tanto. O lance é que apesar disso tudo o saldo não foi muito bom. Estou com com a garganta hiper inflamada e com o carro 'abandonado' em um posto, lá em Anchieta. Trocando miúdos, minhas chances de aparecer em Vila Velha na segunda-feira são remotas. Me liguem, espero estar melhor amanhã. E aguardem o diário de uma viagem nada perfeita em um feriado de 7 de setembro. Até mais!

terça-feira, setembro 05, 2006

Critica do Filme Cidade Baixa

O filme se destaca pela belíssima atuação de Lázaro Ramos, interpretando o Deco, que da a sua entonação de comédia, a de Wagner Moura, que é o Naldinho, que da o toque de dramático e realista sem ser pesado demais e a sensualidade fica com Alice Braga, a Karinna do filme, que em sua primeira atuação não fica apagada perante a atuação desses dois grandes atores.
A história do filme consegue se desenvolver bem até mais ou menos o meio, depois ela estagna e acaba se resumindo a uma troca de casais constante, e cansativa a mente do espectador. Por causa disso o longa se torna pesado, o que poderia ser mais leve, principalmente numa cena em que os atores praticam sexo oral em plena rua.
Mas a fita ganha por não abusar dos maquinismos, sociologia barata que é comum nos cinemas atuais. Trabalhando o tema da amizade, amor desejos, conflitos e por fim as escolhas, são mostrados com bastante veemência, nessa narrativa densa, que não qualifica nem julga os personagens, apenas mostra brutalmente os desígnios da vida em que vivemos e não enxergamos.
O final da película é poético. Aquela mistura de sangue da o toque derradeiro e inteligente do roteiro. E esse ponto alto é valido por toda a estagnação do meio do filme em diante, com sua provocação e todo simbolismo do sangue transpõe. Essa imagem é violenta, grosseira e por si só quase pornográfica assim como todo o longa.

Prêmios conquistados pelo longa-metragem:

VERONA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL
Melhor Filme
Melhor Atuação – Alice Braga

FESTIVAL DU FILM D’AMOUR – BÉLGICA
Grand Prix – Melhor Filme

MIAMI INTERNATIONAL FILM FESTIVAL
Prêmio Especial para a Atuação dos Três Protagonistas

LOS ANGELES FILM FESTIVAL
Melhor Roteiro - Sérgio / Karim

FESTIVAL DE CANNES 2005
Prêmio da Juventude

FESTIVAL DE CINE IBERO AMERICANO DE HUELVA – ESPANHA
Colón de Ouro – Melhor Filme
Melhor Diretor de Opera Prima
Melhor Ator – Wagner Moura
Melhor Roteiro - Sérgio / Karim
Prêmio da Associação de Arquitetos da Andaluzia

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE CRÍTICOS DE ARTE (APCA)
Melhor Diretor 2005 - Sérgio Machado
Melhor Atriz 2005 – Alice Braga

FESTIVAL RIO BR 2005
Melhor Longa Metragem
Melhor Atriz – Alice Braga

FESTIVAL DE HAVANA
Menção especial – Melhor opera prima

PRÊMIO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CINEMATOGRAFIA
Melhor Montagem – Isabel Monteiro de Castro
Prêmio SESC
Melhor Atriz – Público – Alice Braga
Melhor Atriz – Júri – Alice Braga

Cidade Baixa

Até quando uma amizade se mantém?

O longa Cidade baixa vem questionar até quando uma grande amizade
resiste aos acontecimentos da vida.

Dois grandes amigos. A luta do dia-a-dia. Uma prostituta. Com este enredo se desenrola o triângulo amoroso do longa-metragem Cidade Baixa, de Sérgio Machado, estrelado por Lázaro Ramos, Wagner Moura e Alice Braga. No filme, Deco (Lázaro) e Naldinho (Wagner) fazem fretes com seu barco, e dão carona para a prostituta Karinna, que quer ir para Salvador, para conseguir um gringo durante o carnaval. A garota tem relações sexuais com os rapazes, e daí surge o triângulo amoroso que, aos poucos, vem balançar a amizade destes, que se conhecem desde garotos.

É um filme que fala basicamente dos hormônios. Do machismo e da honra. Os instintos são os guias desses freteiros, que vivem a mercê dos seus desejos. A violência masculina, também instintiva, se apresenta nas cenas da rinha de galo, quando além da briga dos bichos, uma provocação feita aos amigos vira uma confusão, que por pouco não tira a vida de Naldinho.

Deco defende o amigo, e luta para salvar sua vida. Mas, quando descobrem a gravidez de Karinna, a dúvida surge no ar: De quem é o filho? E é aí que a amizade é balançada, na briga pelo filho. E o final da história fica para as cenas do próximo capítulo...

As cenas de violência e sexo são excessivas, portando o filme repetitivo e até mesmo monótono. Para se apresentar a realidade do Brasil, estas cenas não são necessárias. Os expectadores já sabem o que vai acontecer. A preocupação deveria estar na crítica e não nas cenas em si. O que torna o filme atrativo, inicialmente, são os renomados atores que dele participam. O que se desmonta no decorrer do filme. O Brasil não precisa ver mais violência e sexo. O Brasil precisa justamente lutar contra esta sua realidade que tanto indigna a gente.

Ciume

Está decidido, o tema da proxima matéria é Ciume. Eu fico com a matéria principal. Juliana fará a entrevista com um psicologo. Vitor vai pesquisar sobre o ciume no cinema e na literatura. Vanessa ainda vai decidir...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Boa Joana

Ótima idéia Joana! Quer ajuda com a matéria???? Gostei do tema. Estou pensando em outros... assim que tiver uma boa pauta eu posto. Até mais galera. E onde se meteu a nossa colega Vanessa com o caboclo dela?

Enquanto isso...

Enquanto estou dando uma melhorada no meu texto de cultura, penso nas sugestões de pauta para a editoria de comportamento, a sugestão que tenho é a de questionar Ciúmes: doença?

sexta-feira, setembro 01, 2006

Afinal, o que é cultura popular?

O termo cultura tem sua origem na agricultura, o que pressupõe limpeza, aragem e cultivo da terra. Na visão das ciências humanas é conjunto de características humanas que não são inatas, e que se criam e se preservam ou aprimoram através da comunicação e cooperação entre indivíduos em sociedade. Mas, então, o que seria a cultura popular?

A cultura popular é aquela que tem raízes nas tradições, nos princípios, nos costumes, no modo de ser de um determinado povo. É a expressão deste povo. O Espírito Santo é rico na sua origem, já que sofreu influência das culturas portuguesa, africana, italiana e alemã. A coexistência destas culturas, e a mescla das mesmas, faz com que o Estado seja tão rico culturalmente.

A discussão acerca do assunto e da definição do que é cultura popular, foi expandida quando da manifestação da Comissão Nacional de Folclore, na Carta do Folclore Brasileiro, escrita em Salvador, Bahia, em 1995. Segundo o documento, o folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade, que representam sua identidade social. Entenda-se, aqui, folclore como cultura popular.

Na prática, essa definição não é tão abrangente quanto parece. No 2 º seminário sobre Cultura Popular do Espírito Santo, realizado no dia 20 de agosto, em Cariacica, a exclusão de grupos culturais de correntes imigratórias ficou evidente. Segundo representantes do Ministério da Cultura, presentes no evento, estes grupos são considerados parafolclóricos, o que, como diz a carta citada a cima, são grupos que apresentam folguedos e danças folclóricas, cujos integrantes, em sua maioria, não são portadores das tradições representadas. Estes grupos se inspiram em um grupo tradicional, mas montam coreografias para fazer apresentações.

As contradições sobre o tema e a dificuldade em se definir a amplitude da cultura popular estão em pauta há mais de 10 anos. O presidente da Comissão-Espírito Santense de Folclore, Eliomar Carlos Mazoco, 39, diz que a visão do Ministério da Cultura sobre cultura é étnica. Para eles, cultura popular é aquilo que surge da multiplicidade étnica, da mistura entre as culturas do branco português, do negro e do índio. “Eu não concordo com esta posição, pois exclui as culturas advindas dos imigrantes europeus. Não há cultura pura. As manifestações de resgate cultural, como os grupos de danças européias, usam elementos de outras culturas, como o pandeiro, que é árabe. A diversidade do nosso país faz com que as fronteiras culturais não sejam nítidas. Nossa cultura é própria, fruto desta mistura de etnias”, argumenta Mazoco.

Para a superintendente de Cultura de Marechal Floriano e presidente do Centro Cultural Ezequiel Ronchi, Lucinéia Guimarães, cultura popular é tudo aquilo que é do povo, o que vai muito além das manifestações como o congo e a folia de reis. “Se formos considerar aquilo que é realmente brasileiro, a única cultura pura seria a indígena. A cultura dos negros veio da África, assim como os descendentes de europeus tiveram seus hábitos vindos da Europa. A região das Montanhas Capixabas foi colonizada por italianos, alemães, pomeranos e portugueses. A partir deles é que se construiu nossa cultura, tão peculiar. Tudo que sei, aprendi com meus avós. Eles me ensinaram a cozinhar, dançar, cantar, e até mesmo falar o dialeto deles, e isso eu passo adiante, para meu filho”, afirmou Lucinéia.